16/11/2007

Consulta de pediatria 2 em 1

Ontem foi dia de consulta da Mafalda. Pela primeira vez, e talvez por causa do trauma das vacinas, ela desatou num choro, mas que choro. Até soluçava. Assim foi difícil para a médica conseguir auscultá-la. Devagarinho, e com bonecos à mistura, lá conseguiu. Ouviu uns ruidozinhos. Por isso, toma lá Ventilan (em bomba) três vezes ao dia. A acrescentar ao Budesonido. Ela não gosta do AeroChamber, mas lá terá que ser, pelo menos mais uns dias.
De resto, está a crescer segundo o ritmo dela, devagarinho… Quanto à engorda, também vai aos pouquinhos.
E depois de muita conversa à mistura – é assim que eu gosto dos médicos, aqueles que não nos despacham e nos tiram todas as dúvidas – a Doutora viu que o pai também andava fanhoso e com tosse. Disse que, por vezes, as crianças trazem os vírus dos infantários e os pegam aos pais. E como há pais mais susceptíveis, como é o caso do da Mafalda, ela resolveu observá-lo. Saímos de lá com uma panóplia de medicamentos e anti-histamínicos. E, pela primeira vez em muitos dias, não acordei durante a noite com a tosse do J.. Parece que estar a dar resultado. Esperemos pelos próximos capítulos…

09/11/2007

Palavras e mais palavras

Não me posso queixar da Mafalda em termos de desenvolvimento e fala. Já diz imensas coisas e percebe também muitas coisas.
- Digo: Vai buscar a carteira da mamã. Ela vai ao sofá da entrada, atira a carteira para o chão e depois tenta pegar nela. Se não consegue, faz de conta que está a fazer muita força com um “huuuummm” e depois arrasta-a pelo chão.
- Diz manana (banana), gute (iogurte) pupa (fruta), pato (sapato), caça (calça) bata (bata) meina (meia), tuz-tuz, hem é? (truz-truz, quem é?)
- Ontem disse-lhe que o Pai tinha ido à rua e ela disse logo “gua” (por vezes consegue colocar os r’s)
- Imita os sons dos animais e consegue distingui-los perfeitamente nos livros.
- Conhece todos os tios, primos e amigos pelo nome, e di-los à maneira dela, como ané (André), mona (Mónica) gute (Rute), e muitos mais…
- Agora está na fase de chamar de chamar joije ao Pai. Quando lhe mudo a fralda e preciso de ajuda – ou porque faltam fraldas, ou porque sujou o body – chamo o Jorge. Ela como malandreca que é, mal a deito no fraldário, começa logo: joije, joije, joije. E não se cala enquanto o Pai não chega.

Vacina dos 15 meses (atrasada) e da gripe

Com mais de um mês de atraso, por ter estado constipada e com diarreia, lá fomos ontem às vacinas. São, segundo dizem as enfermeiras, as mais dolorosas. Mas, como sempre, a Mafalda portou-se como uma mulherzinha forte. Chorou, é verdade, durante as injecções, mas minutos depois já estava a dizer “au” – tradução: “xau” – às enfermeiras e a acenar com a mão, além de ter dado um beijinho à enfermeira que a picou.
Sempre me espantei com o facto dela ter uma enorme resistência à dor: cai, não chora ou chora pouqinho, magoa-se com qualquer coisa, e nada. Ontem foi mais um exemplo disso!

Fase da vergonha

A Mafalda está agora numa fase em que estranha o primeiro contacto com as pessoas. Olha para elas, vira a cara e começa a olhar de canto. E faz isto repetidamente. Só passados uns tempitos, que podem demorar mais de 30 minutos, é que começa a ficar à vontade. Por vezes até chora e pede colinho. É só uma fase, eu sei, mas para quem dizia olá a torto e a direito, a mudança foi radical.