26/12/2007

Um valente susto


Esta pestinha – pois não tem mesmo outro nome – pregou hoje de manhã um valente susto ao pai. Quando a queremos deixar segura e sozinha por uns momentos (ou vamos à cozinha, ao à casa-de-banho), colocamo-la na cadeirinha. Até aos 12 meses, mais ou menos, não tinha os cinto de cima, mas quando se começou a levantar, tivemos que a “amarrar” melhor. Hoje, o pai saiu da sala e deixou-a, obviamente, na cadeira. Passados uns minutos, ouviu-a. Estava a chamá-lo. Quando lá chegou, ia tendo um ataque cardíaco… estava sentada do tabuleiro da cadeira, com as pernitas para a frente, a dar a dar, e a ver o “Guca” na televisão.
Felizmente, a Mafalda não é muito pesada e a cadeira é não tombou para a frente, nem ela se mexeu muito... ficou quietinha a ver a televisão!
(Foi naquele tabuleiro que ela se sentou...)

O Natal da Mafalda







E foi assim o Natal da Mafalda. Cheio de mimos, amor e prendinhas... coisas que ela adorou. É bom estar numa casa cheia e onde a boa disposição reina.

(Obrigada, do fundo do coração, por todas as mensagens que recebi, tanto aqui como por sms)

06/12/2007

A fase das mordidelas

Desde que nasceu, a Mafalda nunca foi uma bebé de colo. Não por vontade minha, mas sim dela. Sempre se sentiu incomodada com os apertos, e começava sempre a mexer-se estava no colo de alguém. Preferia ficar quietinha no sofá ou então – numa fase posterior – à vontade, e sozinha, no parque. Desde que começou a andar sempre foi muito independente. Ai de quem a agarrasse ou tentasse pegar nela ao colo. Mesmo quando está doente, fica apenas uns minutos no colo. Começa a dizer “chão, chão…” e não se cala enquanto não estiver no chão.
E esta independência nota-se no Infantário. Alguns dos amiguinhos dela gostam de agarrar e de lhe dar beijinhos. Ela lá vai aguentando as investidas… até à terceira ou quarta vez. Nessa altura, e como é pequenina, ferra o que estiver “mais à mão”. A primeira vez foi a bochecha de um coleguinha. Ficaram lá os dentes marcados. A segunda, ontem, foi a mão de uma coleguinha. Só que, desta vez, a Educadora chegou a tempo, e a ferradela foi leve.
Quanto a isto, não sei que faça. Alguém tem sugestões?

16/11/2007

Consulta de pediatria 2 em 1

Ontem foi dia de consulta da Mafalda. Pela primeira vez, e talvez por causa do trauma das vacinas, ela desatou num choro, mas que choro. Até soluçava. Assim foi difícil para a médica conseguir auscultá-la. Devagarinho, e com bonecos à mistura, lá conseguiu. Ouviu uns ruidozinhos. Por isso, toma lá Ventilan (em bomba) três vezes ao dia. A acrescentar ao Budesonido. Ela não gosta do AeroChamber, mas lá terá que ser, pelo menos mais uns dias.
De resto, está a crescer segundo o ritmo dela, devagarinho… Quanto à engorda, também vai aos pouquinhos.
E depois de muita conversa à mistura – é assim que eu gosto dos médicos, aqueles que não nos despacham e nos tiram todas as dúvidas – a Doutora viu que o pai também andava fanhoso e com tosse. Disse que, por vezes, as crianças trazem os vírus dos infantários e os pegam aos pais. E como há pais mais susceptíveis, como é o caso do da Mafalda, ela resolveu observá-lo. Saímos de lá com uma panóplia de medicamentos e anti-histamínicos. E, pela primeira vez em muitos dias, não acordei durante a noite com a tosse do J.. Parece que estar a dar resultado. Esperemos pelos próximos capítulos…

09/11/2007

Palavras e mais palavras

Não me posso queixar da Mafalda em termos de desenvolvimento e fala. Já diz imensas coisas e percebe também muitas coisas.
- Digo: Vai buscar a carteira da mamã. Ela vai ao sofá da entrada, atira a carteira para o chão e depois tenta pegar nela. Se não consegue, faz de conta que está a fazer muita força com um “huuuummm” e depois arrasta-a pelo chão.
- Diz manana (banana), gute (iogurte) pupa (fruta), pato (sapato), caça (calça) bata (bata) meina (meia), tuz-tuz, hem é? (truz-truz, quem é?)
- Ontem disse-lhe que o Pai tinha ido à rua e ela disse logo “gua” (por vezes consegue colocar os r’s)
- Imita os sons dos animais e consegue distingui-los perfeitamente nos livros.
- Conhece todos os tios, primos e amigos pelo nome, e di-los à maneira dela, como ané (André), mona (Mónica) gute (Rute), e muitos mais…
- Agora está na fase de chamar de chamar joije ao Pai. Quando lhe mudo a fralda e preciso de ajuda – ou porque faltam fraldas, ou porque sujou o body – chamo o Jorge. Ela como malandreca que é, mal a deito no fraldário, começa logo: joije, joije, joije. E não se cala enquanto o Pai não chega.

Vacina dos 15 meses (atrasada) e da gripe

Com mais de um mês de atraso, por ter estado constipada e com diarreia, lá fomos ontem às vacinas. São, segundo dizem as enfermeiras, as mais dolorosas. Mas, como sempre, a Mafalda portou-se como uma mulherzinha forte. Chorou, é verdade, durante as injecções, mas minutos depois já estava a dizer “au” – tradução: “xau” – às enfermeiras e a acenar com a mão, além de ter dado um beijinho à enfermeira que a picou.
Sempre me espantei com o facto dela ter uma enorme resistência à dor: cai, não chora ou chora pouqinho, magoa-se com qualquer coisa, e nada. Ontem foi mais um exemplo disso!

Fase da vergonha

A Mafalda está agora numa fase em que estranha o primeiro contacto com as pessoas. Olha para elas, vira a cara e começa a olhar de canto. E faz isto repetidamente. Só passados uns tempitos, que podem demorar mais de 30 minutos, é que começa a ficar à vontade. Por vezes até chora e pede colinho. É só uma fase, eu sei, mas para quem dizia olá a torto e a direito, a mudança foi radical.

25/10/2007

Um milagre da ciência (II)

(foto da autoria da Ruca)

Um milagre da ciência (I)

Por opção, e apenas por opção, esta é a primeira vez que falo neste assunto. E falo porque foi há dois anos, no dia 25 de Outubro, que descobri que estava grávida.
Se um dia a Mafalda me perguntar como se fazem os bebés, terei de lhe explicar que, além do método tradicional, a ciência também ajuda e muito! E que foi através da ciência e dos avanços da medicina que ela foi feita. Dir-lhe-ei, ainda, que foi feita num frasquinho de vidro, mas mesmo assim com muito amor!
A Mafalda é, para mim, um milagre da ciência. Foi-o desde o princípio. Já tinha 38 anos quando fiz o segundo tratamento (FIV+ICSI). Na altura, as expectativas não eram muitas, as doses hormonais eram cavalares e mesmo assim consegui 2 lindos óvulos. Um deles resultou… Apesar de todos os percalços da gravidez – estive quase sempre de baixa médica – e de um nascimento prematuro e com problemas cardíacos (entretanto ultrapassados), quando olho para trás, vejo que tudo valeu a pena… Sinto-me a mulher mais realizada do mundo quando chego a casa e ela vem a correr a dizer mamã, mamã, dá-me um abraço apertado e faz-me festinhas no pescoço. Por tudo isto, valeu e vale a pena acreditar!

24/10/2007

A minha madrinha...


...faz hoje anos! Mas, como o meu primo Mateus é muito ciumento, esta é a única foto que a minha mãe tem dela comigo. Mais logo quero que me tirem mais fotos contigo. Pode ser?
Parabéns Madrinha!
Um beijinho muito grande

17/10/2007

Parabéns Vovó


Ainda não sei falar, mas já te chamo uó-uó. (por estranho que pareça, consigo dizer o C mas não o V)

Gosto de brincar contigo, e rio às gargalhadas com o “Pico, pico, sarapico, quem te deu tamanho bico?..."

Gosto de ir para tua casa, andar de um lado para o outro, brincar às escondidas e fazer "tú-tú" (sei dizer cocó, mas não cu-cu)

Gosto quando te vejo no infantário e pegas em mim ao colo. Não gosto quando me deixas, começo logo a chorar.

Mais logo, e como já sei, vou dar-te um xi-coração apertadinho. Prometo!

Parabéns Vovó!

(a foto foi tirada quando fiz 1 ano, hoje já estou mais crescidinha e malandreca)

15/10/2007

O meu grito de revolta

PAI!!!...
...queria tanto que tivesses conhecido a Mafalda.
(Já passaram cinco anos)

01/10/2007

Um cheirinho do Verão

Recordações de um fim-de-semana passado numa quinta de turismo rural em Vila Verde. A Mafalda adorou, e os pais também.

O tempo mudou…

… e começaram as nebulizações!
Depois uma semanita em que tudo correu bem (estava a antibiótico), na noite de sábado a Mafalda praticamente não dormiu. Acordava de hora em hora a chorar. Um choro de dor. Estava com febre e muito ranhosa. Depois de um ben-U-ron, lá foi dormindo aos bocaditos. Telefonei à pediatra que disse que talvez fosse uma constipação, por isso: Neostil, Nurofen e Atrovent.
Agora só espero que com a vacina da gripe, que vai tomar em dose dupla, não volte a usar tantas vezes o nebulizador.

25/09/2007

Novidades




As novidades são muitas, o tempo para escrever é que é pouco por estes lados…

A juntar às noites mal dormidas, há a somar 2 otites – uma em cada ouvido – e três molares a nascerem. Muito coisa junta, não é?

As palavras já são muitas, e a última encheu de orgulho o Pai: “Pôpo”, durante um jogo de futebol. Já imaginam qual o clube…

Apesar de ter começado a andar tardiamente, com apenas 14 meses, agora ninguém a pára. Cai, levanta-se, desvia-se dos brinquedos no chão, pega neles e faz de conta que está a fazer muita força com um “humm”.

Faz gracinhas com as pessoas: diz olá e depois esconde a cara, como se estivesse envergonhada.

Chama os pais aos berros, e não se cala enquanto não vamos ter com ela.

Já faz birrinhas e deita-se para o chão quando contrariada.

Adora o banho, mas foge do chuveiro.

13/09/2007

Balanço dos primeiros dias

A adaptação da Mafalda ao infantário não podia ter sido melhor. Não chora, aparentemente gosta de lá estar, mas nota-se que quando o pai a vai buscar ela fica toda contente. Tem comido bem, dorme a sesta – aos solavancos, diga-se, pois roda pela cama toda – brinca, corre tudo com enorme à vontade, e é bem mandada: quando lhe dizem para arrumar os brinquedos, lá vai ela toda satisfeita colocá-los no sítio.
Tirando isso, chegou a casa com duas marcas: a primeira foi um arranhão, desde o canto inferior do olho até ao nariz (feita por um colega mais atrevido), a segunda foi o lábio inchado, por ter batido na parede. Nada de grave, portanto.
No segundo dia do infantário também teve direito a um empurrão. Viu o primo Mateus e decidiu ir atrás dele. Ele aproveitou a deixa, e pimba…
O único problema desta mudança de rotina tem a ver com os sonos. Se antes era difícil pô-la a dormir a sesta, agora mal chega a casa pede a «Pê» e adormece. Mas adormece desde as 17h30 às 20h00. O pior vem depois. Toma banho, janta, jantamos nós, brincamos com ela, e vamos dormir as duas. Por volta das 00h30, o pai dá-lhe o biberão, e ela continua a dormir. Até que às 03h00 acorda e só quer brincadeira… isto às vezes dura até às 05h00. Pode ser só uma fase, mas espero que dure pouquinho!

03/09/2007

Primeiro dia no infantário

A Mafalda entrou hoje no infantário. Eu fiquei com uma lágrimazita no olho...
À hora do almoço as notícias foram boas. Tinha brincado com os coleguinhas, tinha dançado e, melhor ainda, comeu a sopa toda, comeu também arroz com peixe e a fruta.
Às 16h30 eu e o pai vamos buscá-la. E aí saberemos como foi o primeiro dia da nossa princesa na escolinha.

22/08/2007

22 de Agosto de 2006

Há um ano, a Mafalda foi operada.
Há um ano, a Mafalda sofreu uma paragem cardio-respiratória.
Há um ano, a Mafalda estava ligada às máquinas com respiração artificial.
Há um ano, a Mafalda tinha apenas 2 meses e 12 dias.
Há um ano, não sabíamos como seria o amanhã.

Hoje, a Mafalda não tem problemas cardíacos.
Hoje, a Mafalda não tem sequelas neurológicas.
Hoje, a Mafalda respira saúde.
Hoje, a Mafalda tem 14 meses e 12 dias.
Hoje, temos um futuro pela frente.

21/08/2007

08/08/2007

12/07/2007

Novidades...

Parece que, finalmente, a Mafalda vai ter só uma pediatra. Eu explico. Como nasceu prematura, teve consultas de desenvolvimento. Na semana passada foi a última. A médica explicou que o desenvolvimento dela estava excelente, pelo que – e com muita pena – lhe ia dar alta. Ficou prometido uma visita daqui a uns tempos a esta médica que sempre foi inexcedível com a bebé. Foi por acaso foi a médica que a observou no nascimento, foi por acaso a médica que lhe deu alta da neonatologia e acho que não foi por acaso que quis acompanhar a Mafalda nas consultas de desenvolvimento. Quando tinha alguma dúvida, e não conseguia contactar a pediatra, ligava-lhe e ela respondia e várias vezes mandou mensagens a perguntar como estava. É bom ter médicos assim no serviço público!
A outra médica é a cardiologista. Amanhã deverá ter também a última consulta. Em princípio é uma consulta de rotina, um ano depois da cirurgia cardiotorácica. Pensamos que está tudo bem e que não terá nenhuma sequela.
E agora novidades:
– Já foi para a praia. Adorou a água – não nos pés, porque era fria – e a areia, que metia na boca.
– Delira cada vez que vê um bebé ou uma criança. Não se cala e só diz: “bebé, bebé, bebé”.
– Vê alguém estranho e põe-se a dizer adeus com as mãozinhas.
- Bebe água pela palinha. A primeira vez que lhe colocamos a palinha, ela soube como fazer.
- Mexe os bracitos na posição de bruços, quando se canta “Todos os patinhos sabem bem nadar…”
– E o melhor de tudo (lol) chama o pai pelo nome: “Xôxe”.

Para a semana vamos de férias para o sítio do costume. Depois venho cá contar o resto das novidades!

11/06/2007

A festa da minha pestinha




O primeiro aniversário da Mafalda correu lindamente! Muita gente, muita confusão, muito barulho… tudo o que ela gosta. Das prendas, como é óbvio, foram os brinquedos que a atraíram. E também o voador (mesmo contra os conselhos dos pediatras modernos, nós rendemo-nos ao voador).
Com tanta gente lá em casa, e com miúdos, seria natural que se distribuíssem algumas sapatadas, e assim foi. Primeiro foi o primo Diogo que à socapa lhe deu um tabefe. Na altura, ela não reagiu, mas depois, pimba… aproveitou e conseguiu responder à letra. Depois, foi a vez do o primo Mateus lhe ter acertado – uma coisa já normal entre os dois. Uns minutos depois, já o Mateus lhe dava beijinhos e abraços. :)
O momento alto do dia foi quando lhe cantaram os parabéns e ela viu o bolo com a velita: fartou-se de saltar toda contente. E há fotos que registam o momento!

Há um ano…

Há um ano, por esta altura, ainda não tinha pegado na minha bebé, não tinha sentido o seu cheiro, nem lhe tinha dado miminhos. Tinha visto apenas, e por uns segundos, os seus olhos enormes logo após a cesariana, e também as fotos que o pai tinha tirado na neonatologia. Mas à tarde lá consegui levantar-me e descer os dois pisos que separavam a obstetrícia do serviço de neonatologia. Quando lá cheguei e a vi na incubadora, com os eléctrodos no peito, tive medo, chorei, mas acreditei sempre. Um dia depois – tinha ela três dias de vida - disseram-me que ela tinha um sopro cardíaco, mas continuei a acreditar na força daquela coisa pequenina.
Hoje, ainda me custa recordar esses tempos. Mas quando olho para ela e vejo a vontade que ela teve e tem de viver, tudo passa. E penso que tudo vale mesmo a pena!
(Este era o texto que deveria ter escrito ontem, mas não consegui…)

10/06/2007

1 ano!

1 ano! Já!!!!!

04/06/2007

Sugestões…


A pedido da avó, tias, tios e padrinhos e demais... aqui deixo algumas sugestões para o dia 10 de Junho.
- Para brincar na praia: baldes e acessórios (os da foto estão à venda na Imaginarium).
- Para tomar banho nas férias com mais segurança: banco
- Para andar pela esplanada e pelo paredão: sapatilhas adidas ou reebok (brancas)
E mais... não me lembro.

29/05/2007

Feitiço virou-se contra o feiticeiro!

Uma das manias dos bebés, e a nossa não é excepção, é morder tudo aquilo que encontra pela frente, desde mãos, braços, roupa… etc. E hoje o feitiço virou-se contra o feiticeiro. Eheheheheh.
Desde há uns tempos para cá, quando estamos a jantar a Mafalda vê e pede papa, mesmo que tenha comido há 5 minutos, e a solução é dar-lhe uma tostinha para ela mastigar. Hoje, enquanto almoçava com a Tia Zé, demos-lhe também uma tostinha. E eis senão quando desata num choro incontrolável. Como estava quietinha na cadeira, tanto eu como a Zé nos admiramos com aquilo. Ao tentar sossegá-la é que vi o que se tinha passado: estava com o dedinho – indicador – vermelhito. Ao comer a tosta, mordeu-se, e com força! Coitadinha.
Primeiro fiz-lhe miminhos e depois, claro, desatei à gargalhada.

25/05/2007

As primeiras palavras… do meu pequeno génio

Não me lembro quando disse as primeiras palavras. Foi há alguns meses. Foram, obviamente, as básicas, como olá, papá e papa. Agora, diz muito mais… e repete-as vezes sem conta, mas se achar que a estão a incomodar, não diz nada, cala-se.
Juntamente com as palavras, também faz algumas habilidades: Aqui vão elas:
Chupeta – “pê”
Anda cá – “a cá” (e os braços acompanham o pedido)
Água – “aggaaaaa” (quando olha para o copo)
Cocó – “caca” (e vai com a mão às fraldas)
Pé – “pé” (e faz cócegas nos pés)
Se lhe dizemos que vem alguém, por exemplo o primo Mateus, olha para a porta da entrada e começa a dizer: olá, olá, olá…
Se lhe dizemos que vamos à rua, começa a mexer na roupa, pois sabe que tem que vestir um casaco.
Se lhe mostramos os sapatos ou as sapatilhas, levanta logo um pé, para a calçarmos.
Tudo isto pode parecer básico para alguns papás e mamãs, mas para nós tem um significado especial: a Mafalda nasceu prematura e com baixo peso. Além disso, nasceu com um sopro cardíaco. Foi sujeita a uma intervenção cardiotorácica com apenas dois meses e meio. E para agravar mais as coisas, sofreu uma paragem cardio-respiratória durante a operação. Esteve 3 dias nos Cuidados Intensivos, com ventilação assistida. Não sabíamos se iria ter alguma lesão cerebral. Nem na altura, por causa da idade, se poderia saber. Mas felizmente, está saudável e, aparentemente, sem nenhum problema de desenvolvimento.
Na última consulta com a pediatra do Desenvolvimento, a Mafalda fez todas estas habilidade e a médica só disse: “E pensar que ela já esteve do lado de lá”. Foi uma frase que me deixou ainda mais consciente do que se passou durante a operação. As coisas poderiam ter corrido mal mas, felizmente, essa fase já passou. E esta coisa pequenina é, para mim, o “meu pequeno génio”.

Quase a 1.ª queda... o 1.º galo

O dia de ontem foi fértil nos primeiros incidentes, mas nada de grave. Por volta da meia-noite acordo com ela a chorar - tinha-a a deitado na nossa cama - olhei para o lado e não a vi. Procurei melhor e vi-a enfiada entre a nossa cama e a cama de grades dela, só a cabecinha. Felizmente não chegou a cair ao chão.
O primeiro galo também foi ontem, mas depois do almoço. Ela já tenta gatinhar, mas como se consegue levantar agarrando-se às coisas, as coisas estão mais difíceis. Mas, e como estava eu a dizer, ontem depois do almoço tentei pô-la no chão (ela brinca sempre em cima da cama, em terreno mole), ela lá ficou na posição de gatinhar, ensaiou uns passitos e pumba… cai de cabeça. Chorou uns minutos e ficou com um galo de recordação.
Em 11 meses e 15 dias foram as primeiras experiências. Experiências que não gostaria de repetir, mas sei que fazem parte da aprendizagem.

24/04/2007

Os padrinhos

O Padrinho André

A Madrinha Susana

23/04/2007

Um festa linda!


Foi, de facto, uma festa linda! Apesar de muito rabugenta - de sexta para sábado não dormiu, só chorava -, a Mafalda portou-se lindamente. E gostou de ver a enorme família que tem. Depois da cerimónia ao meio-dia na Capela do Amial - também fui lá baptizada há alguns anos -, almoçamos na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda. Um serviço óptimo, empregados simpáticos e muita diversão...

20/04/2007

O baptizado

O baptizado da Mafalda será, finalmente, amanhã. E digo finalmente porque esteve para ser em Fevereiro, mas com as maleitas todas que ela apanhou tivemos que adiar. E também não foi mais cedo porque vai usar o vestido que o Pai usou no baptizado, e para isso teria que o tamanho ideal. Agora sim, está perfeito.
Vai ser uma festa familiar, mas mesmo assim serão perto de 80 pessoas. É o que dá ter imensos irmãos, tios, primos, filhos de primos, sobrinhos… Mas vale a pena juntar grande parte da família, nem que seja por umas horitas.
O convite – aqui reproduzido – foi feito pela madrinha. Está lindo! Obrigada, Susana.

“ites”…

Depois de uma gastroenterite, uma bronquiolite, veio a otite… Mesmo sem andar no infantário, ela já apanhou quase todas as “ites”. Foi um diagnóstico difícil, uma vez que não teve, nem tem, febre, e está sempre bem disposta.
Primeiro vieram os vómitos, depois a diarreia… até que se viu que tinha o ouvido esquerdo inflamado. Está a ser complicado curar a otite, uma vez que ela rejeita os antibióticos. O primeiro provocou-lhe um vómito como há muito não via. Não gostou nada do sabor. O segundo, aguentou-o ontem à noite, mas hoje de manhã já vomitou. Não sei como vai ser dar-lhe o antibiótico durante 10 dias…

26/03/2007

19/03/2007

Daddy, I Love You



Daddy, I love you
For all that you do.
I'll kiss you and hug you
'Cause you love me, too.
You feed me and need me
To teach you to play,
So smile 'cause I love you
On this Father's Day.

13/03/2007

Consulta dos 9 meses


Ontem foi dia de consulta, e as novidades não podiam sem melhores: num mês engordou 570 gramas. Isto, com uma viagem a Barcelona, onde comeu os - desenrasca - boiões. Ela gostou tanto deles que agora cospe literalmente a sopa. Sem saber o que fazer, e depois de um telefonema à minha Mãe - que criou 9 filhos -, a solução foi misturar a fruta com a sopa, ou então com Cerelac. Deu resultado... esperemos pelos próximos capítulos.
E, voltando à consulta, a Mafalda já pode comer esparguete e arroz. Quanto à gema de ovo, vamos ter que esperar, já que no sábado passado começaram a aparecer umas bolhinhas pelo corpo e pela carita dela. Segundo a médica, não é nada de grave. Receitou um creme da Lutsine e o Neostil. De resto, mesmo pequenita, está óptima para o tempo que tem.
P.S. - Esta foto foi tirada em Barcelona pela tia Teté, quando a Mafalda tinha acabado de acordar (e sempre com um sorriso nos lábios). No blog da madrinha da Mafalda - debebe.blogspot.com - está um relato lindo dessas mini-férias.

07/03/2007

Mini-férias em Barcelona

Com o padrinho no Starbucks


Jantar de família


Com o primo Mateus


A dormir, durante um passeio pelas Ramblas e Passeig de Grácia


Na última noite, no jantar de anos da Teté

19/02/2007

Momentos

Com a bisavó
Com a avó
Com o padrinho
Momentos lindos... de ternura!

16/02/2007

Não engordou mas cresceu

Pois é, os piores receios confirmaram-se: a minha “piquena” não engordou, até fez o favor de emagrecer. Entre os dias 12 de Janeiro e 1 de Fevereiro tinha conseguido engordar 140 gramas, mesmo com a gastroenterite pelo meio. De 1 de Fevereiro e até ontem, dia 15, perdeu 250 gramas. A gripe e a bronquiolite deixaram-na de rastos. A pediatra disse que era normal, mas mesmo assim tem nova consulta daqui a mês.
A boa nova é que cresceu imenso e já está no percentil 5 sem idade corrigida.

14/02/2007

Gripe, bronquiolite e cinesiterapia

A primeira palavra é banal, a segunda mais ou menos, mas a terceira… nunca tinha ouvido falar. Tem sido esta a minha sina. No início de Fevereiro, nova gripe. Uma semana depois, e como a febre não baixava e a tosse era muita, fomos ao Hospital Pediátrico da Trindade. Um raio-x confirmou a bronquiolite. Além das nebulizações com Ventilan e Atrovent, e do antibiótico, o médico aconselhou a cinesiterapia, ou, para leigos como eu, fisioterapia respiratória.
Depois de uma consulta com uma médica fisiatra – com a Mafalda a ter um ataque de tosse monumental – ficaram marcadas algumas sessões. Para já foram duas, e posso dizer que os resultados estão à vista. Já dorme melhor, come melhor, embora a tosse ainda persista. Quanto à terapia, tem sido choro, muito choro. Não sei se por ser feita por alguém estranho, se pelas massagens em si. Até ao dia 28, o martírio – para ela e para nós, que custa vê-la chorar – vai continuar.
Entretanto, apareceu mais um dente. O segundo no espaço de um mês. Este foi mais ou menos pacífico, se calhar porque coincidiu com a gripe.
Amanhã tem consulta na pediatra, a dos 8 meses. A ver vamos se engordou, pelo menos, um bocadinho.

Cinesiterapia
(do Gr. kínesis, movimento + therapeia, terapêutica)
s. f., Med.,
designação dos processos terapêuticos que forçam o organismo a realizar movimentos activos e passivos.

07/02/2007

02/02/2007

Recordações do final de 2006





Já estão atrasadas, é certo. Mas servem para recordar os últimos dias de 2006. O ano da minha princesa!
1 - Com a madrinha no dia de Natal
2 - A tentar mexer nos sapatos (uma fixação)
3 - Um passeio em Moledo no fim de ano
4 - Uma noite de passagem de ano maravilhosa: Obrigada Mónica!

Um mês caótico…

Uma gripe forte, uma gastroenterite, pelo meio uma viagem minha de trabalho a Londres, o primeiro dentinho… foi tudo junto. (Adenda: o pai também apanhou a gripe e a gastroenterite)
Janeiro foi um mês desgastante, mas que valeu a pena por cada sorriso que recebi e continuo a receber. O melhor de tudo: come muito melhor e com mais prazer.
Não é nada esquisita com a comida. Come todo o tipo de sopa e nunca fez reacção a nada. Ontem foi dia de sopa com peixe, uma preparação para a açorda e farinha de pau… a ver vamos. Agora, e quando fizer os 8 meses, vai começar a comer as papas com glúten, as bolachas, o pão, e os iogurtes. Para já come duas sopas – ao almoço com carne e ao jantar a de legumes – bebe dois biberões de leite (já consigo dar-lhe 180ml) e a papa à hora do lanche.
Com a gastroenterite, que durou uma semanita, ela perdeu peso. Mas rapidamente o recuperou. Ontem, na consulta de desenvolvimento no Hospital de Gaia, a neonatologista disse que ela estava óptima para o tempo que tem – 7 meses, mas 6 em idade corrigida – e que não me preocupasse muito com o peso, pois o crescimento dela foi sempre regular. É pequenina, é verdade, mas faz tudo o que deve para a idade que tem.

08/01/2007

O nascimento da minha “bebé de ouro”

Finalmente, e com quase sete meses de atraso, vou contar como foi o nascimento da nossa bebé de ouro – como um dia lhe chamou o meu médico. A gravidez em si foi complicada. Estive de baixa por “gravidez de risco” mais de cinco meses. A causa foi “descolamento da placenta” logo nas primeiras semanas de gravidez. Fui por diversas vezes parar às urgências do hospital. Saia de lá umas horas depois com a informação: “o coração continua a bater, mas precisa de repouso”. E assim foram passando os meses.
Em Maio deste ano, e porque a tensão estava um pouquito alta e a bebé estava com pouco peso, entrei novamente de baixa, e ia às consultas de 15 em 15 dias. Até que a 8 de Junho, na consulta das 36 semanas, o médico marcou o parto para dia 22 desse mês, teria 38 semanas. Estava tudo bem com a bebé e isso via-se na ecografia.
No dia seguinte, levantei-me, tomei o pequeno-almoço e fui para o computador. Ao contrário do habitual, não senti os movimentos da Mafalda. Resolvi comer um bocadito de açúcar, bati (levemente) na barriga e nada. Comecei a ficar preocupada. À hora do almoço, e como ela continuava sem se mexer, resolvi ir às urgências de Hospital de Gaia pois é lá que trabalha o meu médico. Não consegui falar com ele, mas deixei-lhe uma mensagem a dizer o que se passava.
Cheguei ao hospital e fiquei à espera. Como a fome apertava, bebi um iogurte e comi umas bolachitas. Uma enfermeira chamou-me e pôs-me as cintas do CTG. Na mão tinha um pequeno aparelho que teria que tocar cada vez que a bebé se mexesse. Ouvir o coração, ouvia-se, e bem. Mas quanto movimentos, nada. Depois de uma hora com as cintas, fui vista por uma médica que me fez uma ecografia. Aparentemente, a bebé estava bem, e o coração batia. Mas por causa das dúvidas, a médica resolveu chamar uma colega que viu que algo de errado se passava. Os batimentos cardíacos eram muito uniformes, sempre nos 152 bpm, e ela não se mexia. Disseram logo que teria de ficar internada para observações. Foi um choro tremendo. Não tinha preparado nada, nem a minha mala nem a da bebé.
Deram-me uma camisa do hospital e fui para o piso de obstetrícia. Enquanto isso, o meu marido foi a casa para me trazer alguns objectos de toilete e roupa. Às 21h30, e sempre com a cinta da CTG, uma médica vem ter comigo e diz vão fazer uma cesariana, pois a bebé estava a sofrer. Mas avisaram-me logo que a bebé iria para neonatologia porque era prematura. Telefonei para o meu marido e, com a ajuda das minhas irmãs, pedi-lhe para fazer a mala da bebé. Como tinha comido as bolachas e o iogurte, tinham que atrasar a cesariana. Não sei que horas seriam quando finalmente me levaram para o Bloco de Partos. Perguntaram-me se queria anestesia geral ou epidural. Escolhi a epidural. Como sabia que não ia ficar com a bebé, queria vê-la mal nascesse. E assim foi. Para mim foi tudo rápido, não sei quanto tempo demorou, pois houve uma altura em que deixei de ligar às horas. Sei que ela nasceu às 00h31, pois perguntei logo à médica. Também quis saber quanto pesava. Foram as minhas únicas perguntas. Disseram 2 quilos.
Não a vi quando nasceu, apenas quando a levaram para neonatologia, só ouvia o seu choro forte enquanto a limpavam e faziam os testes. E foi ai que chorei.
Quando a vi, embrulhada num pano verde, reparei que era pequenina, mas tinha uns olhos lindos, grandes, arregalados…
Por causa da cesariana, só a consegui ver 36 horas depois. A anestesia fez-me mal e fartei-me de vomitar. Ou era quando me tentava levantar ou era quando falava com alguém ao telefone. Foi a parte mais horrível. Com uma vontade de ver a bebé e não conseguir.

A Mafalda nasceu dia 10 de Junho e, soube depois, com apenas 1,890 quilogramas. Além de prematura, só por ser às 36 semanas, ela era uma bebé de baixo peso. Mas nunca necessitou de respiração assistida e com um dia já bebia do biberão. Não houve necessidade de ser entubada. Se tudo estivesse bem, ela rapidamente iria para casa. Mas não estava. Ao terceiro dia descobriram que ela tinha um sopro cardíaco. Não sabiam de que tipo, nem se fecharia sozinho. Os médicos decidiram que era melhor ela ser vista pelos especialistas de cardiologia pediátrica do Hospital de S. João. E lá foi ela, na incubadora, acompanhada pela enfermeira-chefe e por um médico. Duas horas depois regressaram. As notícias não eram boas nem más. Iriam tentar uma medicação para ver se o sopro fechava. Se não fechasse, teria que ser operada. Não se sabia era quando. Depois de tentarem por duas vez com a medicação, o sopro não fechou. Tinha mesmo que ser operada. Veio para casa dia 28 de Junho – foi a minha prenda de anos, o meu aniversário era a 30. Foi um dos dias mais felizes da minha vida. Finalmente o berço ao lado da cama, e 18 dias depois, iria ser ocupado. A família, avó, tios, primos estavam todos com uma enorme vontade de a ver, pois na neonatologia só os pais e os avós (por uma vez) é que a podiam visitar.

A Mafalda foi operada em Agosto, com apenas 2 meses e meio. Noutro post, que será também longo, contarei o resto da história…